Sinopse
“Os melhores perfumes estão nos menores frascos”, diz a sabedoria popular.
Por um lado, tal ditado poderia qualificar um dos nossos cronistas maiores, concentradamente acondicionado em pequenas pérolas que postas juntas resultam em obra vasta, porém, para meu inconformado desgosto, deixada ao léu pela fortuna crítica, razão pela qual eu mesma me dispus a relevá-la neste contexto inexplicável daquilo que atrai, não o leitor, mas aqueles considerados mentores que, por seu alegado prestígio, atraem a seu papel adiposo as moscas da atenção.
Não se iludam. Outro ditado, este ainda mais exato, postula que “nenhum grande escritor se considera ao menos bom”, e como tal coloca-se à mercê do favor comercial, na prática e no gosto educado, um desfavor.
Em resumo: não deixe passar mais esta oportunidade de ler uma joia de Eduardo Borsato, cronista, contista, escritor.