Preso Na Gaiola: A Criminalização Do Funk Carioca Nas Páginas Do Jornal Do Brasil (1990-1999)

  • Autor: Juliana Bragança
  • Editora: Editora Appris

Sinopse

O livro Preso na gaiola: a criminalização do funk carioca nas páginas do Jornal do Brasil (1990-1999) surgiu a partir da observação da perseguição contra o funk carioca, desenvolvida ao longo da década de 1990 e intensificada nos anos 2000. Este livro tem por objetivo principal encontrar explicações para a criminalização do movimento funk carioca. Para tanto, foram utilizadas como fontes canções lançadas ao longo dos anos 1990, além de leis e projetos de leis que diziam respeito especificamente ao funk. Os conteúdos presentes no Jornal do Brasil neste mesmo período e que tinham como tema principal o funk carioca, por sua vez, são as fontes que norteiam e dão o tom deste livro. A análise das fontes selecionadas permitiu concluir que a perseguição levada a cabo pelo poder público contra as manifestações do funk carioca – sobretudo os bailes funk – era fruto da perseguição contra os adeptos do movimento, ou seja, contra os funkeiros. Estes, por sua vez, eram representados, em sua maioria, por jovens negros, pobres e favelados, revelando preconceitos de origem racial e social contra eles.
Esta obra conta com o rigor científico-metodológico necessário à análise histórica e historiográfica e destaca-se nesta cena por ser o primeiro livro na grande área da História a ser publicado sobre o funk carioca. No entanto a escrita objetiva e não desnecessariamente rebuscada da autora permite que pessoas fora da grande área da História e das Ciências Humanas possam ter acesso às suas conclusões.
Com o objetivo de romper as barreiras da academia e atingir o maior número possível de leitores, este livro foi escrito a partir de uma linguagem simples – porém não simplória –, de modo que toda e qualquer pessoa que se interesse pelo funk carioca consiga ler e, de fato, compreender os resultados da pesquisa aqui apresentados.
Adquirir este livro é uma forma de se desprender das amarras dos preconceitos que ainda hoje recaem sobre o funk carioca e sobre os funkeiros. Esta leitura pode tornar possível o reconhecimento do funk carioca como um importante produto cultural, como uma respeitável fonte de renda direta e indireta, como uma possibilidade de ascensão social e como a voz daqueles que não aceitam ser calados.