Traidor...

  • Autor: Torres Jeremias Francisco
  • Editora: Bibliomundi

Sinopse

Engana-se redondamente, quem pensa que não existe “ética” entre bandidos! Que digo?! Melhor ética não existe, pois, o preço que ela custa, é alto demais para ser questionado, porque é sempre uma vida! E como todo ser vivente, por mais valente que seja, não gosta de “pagar para ver”, ela sempre vai prevalecer acima de tudo e de qualquer coisa! O malandro mesmo, sabe que dois são os caminhos que podem orientar sua vida: prisão ou morte... viver , é mera exceção! É premio! É valorização! Sendo assim, não vai esperdiçar sua “carreira” com comportamento que não condiz com o “status” de sua envergadura! Na verdade, são alguns comportamentos, cujo primeiro deles, se resume, no mais “clássico:” nunca trair! Nunca entregar ninguém! Ainda que seja para salvar a própria vida! Ainda que seja para salvar alguém de qualquer situação! E sob nenhuma hipótese, pode ter medo de apanhar! Sua resistência e tenacidade, Deve estar além de castigo físico, para não entregar o próximo! (Dele). Ou seja, “alcaguetar!” Outro comportamento e regra de ouro é não “dar chapéu em ninguém”, (ou seja, “passar a perna”, enganar, sob a pretensa crença de que é mais esperto, mais poderoso e merece mais), coibir qualquer espécie de violência sexual! E dentro do possível, ser o mais “digno possível!” E engana-se quem pensa que não existe pessoas assim, no mundo do crime... você mesmo, já deve ter se deparado com alguém assim, ou conversado com homens, talvez até sem o saber, cujas mãos, não estavam tão limpas o quanto deve ter acreditado que o seriam! Porque aparentemente, lhe pareceram ser, simplesmente, homens de bem! É certo, todos deveriam andar no caminho do bem! Trabalhar, ser honestos! Em resumo: um membro ativo da sociedade! Mas existem alguns que jamais iriam se adequar a isso. E olhe só, não cabe nem a mim e nem a você julgar e é justamente isso que não o fazemos, erroneamente! Cada um tem o direito de seguir seus próprios “trilhos”, seguir em direção ao seu “ideal!” Por mais incoerente que se apresente! É o caso! Contudo, posso afirmar taxativamente e convicto: os laços de amizade, que se faz no meio da malandragem, são muito mais firmes e sólidos que aqueles praticados na sociedade em geral ou em algumas instituições, onde por exemplo, a repressão e a prisão facilitam a “conversação!” Com um certo conhecimento, posso assim falar, pois, conheci alguns antigos chamados “malandros” e fiz parte de uma instituição repressiva, cujo único amigo verdadeiro entre os pares é somente um: O DINHEIRO!