Em Qual Ponto Do Caminho 'papai' Se Equivocou?!: Caminho Todo?

  • Autor: Torres Jeremias Francisco
  • Editora: Bibliomundi

Sinopse

Eis a razão do engrandecimento de uma vida! Perdão! Por isso, começo com esse axioma! Porque é muito mais fácil, julgar, condenar e somente depois, muito depois, se pensar em perdoar! E quem é poderoso o bastante para se sentir forte o suficiente para não perdoar ninguém e perfeito demais para não necessitar da complacência de qualquer outro? O perdão antes de mais nada, é uma lição de aprendizado e é claro de humildade. Haja vista, todas as atitudes dos homens, serem de julgar e condenar o semelhante, sem se darem o trabalho de olharem para si próprios. Mas, a propósito, por que a colocação logo no início?! Porque passei a vida julgando e pouco perdoando os seres humanos, quiçá, minha mãe, quiçá meu pai! Mas, hoje, 19 dias após a morte do meu pai (minha mãe, há alguns anos), eu vejo quão insignificante, são esses sentimentos de rancores, alimentados ao longo dos anos e resguardados ao longo do tempo! De maneira nenhuma quero dizer que meu pai fora um homem exemplar, exemplo de educação, cortês, solícito e que poderia passar mais do que recebera aos seus filhos, de maneira nenhuma não! O problema surgiu, quando repentinamente, de uma hora para outra, “parou” no tempo e no espaço, e isso eu faço questão de explicar mais adiante! Nunca fui o exemplo de bom filho. Mas, a ausência de um pai, em algum momento de minha infância e isso eu lembro muito, mas, muito bem mesmo, me fazia sentir responsável por minha vida adulta. Com 5/6 anos de idade, me fazia sentir culpado por não fazer as coisas direito! Isso quer dizer, infelizmente, que desde algum tempo, papai já vinha ensaiando uma maneira de “abrir mão de tudo”, faltando simplesmente a oportunidade. O que provavelmente não sabia, era que sofria (e não é vergonha para ninguém se tratar) de grave Esquizofrenia, necessitando urgentemente de acompanhamento médico de urgência! Sozinho, sem ajuda de ninguém, sem os mecanismos informativos que se tem hoje, foi degringolando sua saúde mental até que num surto ocasional, abriu mão! Pelo menos, nos últimos anos de sua vida, nos tornamos, finalmente amigos e não lhe joguei na cara a todo instante. Aliás, nem em dia nenhum, suas “pisadas no tomate”, suas “derrapadas” e na hora da morte, assim, como um dia me deu camisa para vestir, por terem esquecido suas mortalha, eu me despi de uma camiseta e vesti-lhe o corpo gélido!