Sinopse
Sabemos todos nós ser Nietzsche autor de uma obra impressionante, com muitas janelas e portas para se deixar olhar ou entrar. O interior dela, porém, é imenso e, por vezes, inescrutável. Heidegger, um nietzscheano confesso, disse que ao lê-lo sentia que a poderosa mente de Nietzsche, sempre pulsando, não encontrava as palavras necessárias para expressar-se, havendo nele silêncios estranhos, como se seu cérebro, colossal, procurasse, impaciente, por todos os lados, catar as letras que lhe faltavam para expressar uma ideia ou formar uma ou outra frase. Nietzsche, o filólogo, por vezes, ficou mudo em diversas línguas.
Nessas aberturas encontra-se o filósofo, o esteta, o literato, o crítico, o músico e o ideólogo (que sempre foi o seu lado mais polêmico). A superabundância dos temas que a sua inteligência e sua curiosidade alcançaram é que explicam a quantidade excepcional de interpretações e vivas abordagens que a obra nietzscheana teve no nosso século. Pró ou contra, todo mundo importante das letras escreveu sobre ele. Um dos bons motivos para dele se aproximar é a quantidade extraordinária de escritos instigantes e vivazes que o seu talento estimulou ou provocou entre os homens d...