Sinopse
Quando tenta se adaptar ao cotidiano, Mírian entra em um profundo estado de depressão. Acreditando que seus talentos nada valem no mundo, ela decide por deixá-los de lado e, na medida do possível, enterrados nos passado. No entanto, essa atitude piora seu estado emocional, fazendo-a perder o brilho e o gosto pela vida.
Pressionada pela dor e sofrimento, ela é colocada diante de um dilema: continuar a rotina e permanecer com um papel que não lhe pertence, ou assumir sua verdadeira identidade mesmo a custa de uma caminhada solitária.
Movida pelo impulso natural de sobrevivência, ela inicia uma caminhada solitária e incerta por um sonho que havia esquecido há anos, fazendo dessa meta sua razão de viver. À medida que o tempo passa, várias pessoas surgem em seu caminho compartilhando da mesma dor da solidão e rejeição, e pessoas que estão dispostas a ver seu trabalho virar realidade.
Ao se estar em uma situação de perigo eminente, Mírian quebra barreiras que ela própria criou em torno de si devido ao medo. Ela desperta de um longo sono, cheio de ilusões, para ver a vida como realmente é e se percebe capaz de superar fantasmas que tanto a assustavam porque ela permitia que fosse assim.
As experiências dolorosas se transformaram nas mais valiosas lições de vida; ninguém é feliz sem conhecer o desespero. Consciente do risco que correu e de quantas pessoas podem não sobreviver aos próprios pensamentos conturbados, o trabalho de Mírian foca em alcançar esses grupos de risco, não como agente de prevenção, e sim como alguém que sentiu na pele e na carne o desespero e ainda assim conseguiu sobreviver para contar sua história.
É extremamente solitário estarmos com problemas e não termos um amigo que seja. Ninguém precisa ser herói para ajudar ou salvar uma vida, é só ter compaixão.