Do Zero ao Topo

Edgar Corona foi parar no setor de academias meio que por acaso. Nascido em uma família dona de uma usina de açúcar e álcool, o plano incial de Edgar era fazer esse negócio decolar. Frustrado com as disputas familiares abandonou a empresa e um amigo o convenceu a investir em uma academia. A primeira tentativa foi um fracasso. Hoje, ele é fundador das marcas Bio Ritmo e Smart Fit, avaliadas em mais de R$ 8,6 bilhões de reais.

Wilson Poit cresceu em uma sítio sem televisão, geladeira ou qualquer resquício de energia elétrica. Ao longo da vida tentou montar vários negócios, mas foi justamente com uma empresa especializada no aluguel de geradores de energia elétrica que ele alcançou destaque. A Poit Energia se tornou um grande case de sucesso estudada em universidades nacionais e internacionais e foi vendida em 2012 por US$ 190 milhões, cerca de R$ 400 milhões na época. Neste episódio você vai entender como é que Wilson Poit deixou a realidade de menino pobre do interior e se tornou um dos maiores nomes do empreendedorismo brasileiro.

O Sebastião Bomfim sempre quis criar uma grande empresa. Depois de quebrar seu primeiro negócio ele fundou a Centauro, em 1981, e construiu o que é hoje a maior varejista de artigos esportivos no país. Em 2019 a companhia abriu seu capital na Bolsa de Valores e está avaliada em cerca de R$ 5,8 bilhões.

O paraibano José Janguiê Bezerra Diniz começou a trabalhar como engraxate, ainda na infância. Mesmo vindo de uma família pobre conseguiu se formar em direito e letras, se tornou juiz do trabalho e depois procurador do Ministério Público do Trabalho. Em 2003 ele criou o grupo de ensino Ser Educacional -- hoje uma das maiores empresas de ensino superior do país. A Ser abriu seu capital em 2013 e está avaliada em mais de R$ 2,9 bilhões.

Dois irmãos gêmeos decidiram se juntar com um amigo de infância e criar coleiras descoladas. A Zee.Dog introduziu o conceito de “fast fashion” no mundo animal em 2012 e deve fechar 2019 com faturamento de 100 milhões de reais. Os três fundadores ainda lançaram uma segunda empresa neste ano, a Zee.Now, de delivery de produtos pet.

Com 26 anos e recém formada em direito, Manuella Curti se viu diante de uma grande tragédia familiar. Em um período de seis meses ela perdeu seu pai, fundador e presidente da fabricante de filtros de água Europa, e também o seu irmão — que se preparava para suceder o pai na empresa. Mesmo sem nenhuma experiência em gestão e administração, sobrou pra Manuella a tarefa de tomar as rédeas da companhia, que tinha cerca de 400 funcionários, 300 parceiros comerciais espalhados pelo país e uma cultura totalmente centralizada na figura de seu pai.

Geninho Thomé é fundador da Neodent, uma empresa de implantes dentários que ele começou em 1993, quando implante no Brasil era uma coisa cara e rara. Ele vendeu a empresa em duas parcelas, de R$ 550 milhões e R$ 680 milhões, e hoje atua como presidente científico da companhia

A Multilaser foi fundada pelo pai do Alexandre Ostrowiecki, o Israel Ostrowiecki, em 1987. A empresa cresceu fazendo recarga de cartuchos para copiadoras e impressoras. Tudo ia muito bem, até que o pai do Alexandre desapareceu durante um mergulho no Oceano Pacífico. Aos 24 anos e em luto, ele teve que assumir o controle dos negócios rapidamente. Hoje, a Multilaser é um grupo que hoje reúne 11 marcas, fabrica mais de 3.500 produtos que vão desde de celulares até carrinho de bebê. Tem uma fábrica em Minas Gerais, outra em Manaus, um laboratório na China e faturamento anual de quase R$ 2 bilhões.

André Penha é cofundador da startup QuintoAndar, uma plataforma de aluguel residencial que não exige garantias como fiador ou seguro fiança. Em setembro deste ano a empresa anunciou um aporte de US$ 250 milhões se tornando um unicórnio — empresa avaliada em mais de 1 bilhão de dólares. Em suas quatro rodadas de investimentos a startup já captou mais de R$ 1,32 bilhão. A história do QuintoAndar foi gravada em um episódio especial desse podcast em um auditório que reuniçao mais de 300 pessoas.

Federeico Vega desistiu de uma carreira promissora no JP Morgan para entrar em um dos setores mais complexos do Brasil: o de logística. O empreendedor ouviu "não" de investidores mais de 200 vezes antes de consguir seu primeiro aporte. Hoje, a CargoX conecta caminhoneiros a grandes empresas como Ambev, Votorantin e Unilever e faturou mais de R$ 500 milhões 2018.

João Thayro é filho de um fazendeiro, mas acabou atingindo o sucesso ao criar um unicórnio. A plataforma de atividade física Gympass é uma startup criada em 2012 e que recentemente recebeu um aporte de US$ 300 milhões liderado pelo conglomerado SoftBank. Com esse aporte a companhia se tornou um unicórnio (startup avaliada em mais de US$ 1 bilhão). Conheça a história completa da startup, atualmente presente em 14 países.

Três engenheiros resolveram vender imóveis pela internet em 2011. Apesar de todas as dificuldades a Mobly cresceu e chegou ao faturamento de R$ 300 milhões . No ano passado, a companhia abriu seu capital na Bolsa de Frankfurt depois de uma fusão com a alemã Home24. Nesse episódio os três fundadores da empresa contam os desafios enfrentados para erguer o negócio e os planos para o futuro.

O espanhol Sergio Furio veio pro Brasil disposto a criar um negócio que reduzisse a ineficiência e os juros dos empréstimos no país. A Creditas oferece crédito com garantia em bens como imóveis e automóveis. Hoje ela é uma das maiores fintechs do país e já captou R$ 1,2 bilhão com investidores. A última rodada, anunciada em julho deste ano, foi liderada pelo gigante grupo japonês SoftBank e avaliou a Creditas em 700 milhões de dólares.

A ideia inicial do carioca Guilherme Benchimol era apenas vender alguns produtos de investimentos sem grandes ambições. Mas a XP Investimentos se tornou muito mais do que isso e hoje compete com os maiores bancos do país. O Grupo XP tem mais de R$ 274 bilhões sob custódia e 1 milhão e 300 mil clientes ativos. Conheça a história completa da empresa e de seu fundador.

Dois primos, um publicitário e outro engenheiro, resolveram criar uma pequena empresa pra hospedar sites na internet. Isso lá em 1998, quando aqui no Brasil nem se usava a palavra em startup. Hoje, a Locaweb fatura mais de R$ 400 milhões por ano e já entrou no radar de muitos investidores como uma das empresas que deve abrir seu capital na Bolsa em breve. Apresentação: Letícia Toledo

Claudio Galeazzi foi presidente da Vila Romana, Mococa, Grupo Pão de Açúcar, Grupo Estado, Lojas Americanas, BRF e uma série de outras grandes companhias brasileiras. Tudo isso sem nunca ter concluído uma faculdade.

Ulisses Carinot é fundador da International School, que deve faturar R$ 100 milhões em 2019, e hoje é controlada pela Arco Educação. O empreendedor morou durante toda a sua infância em uma escola e montou sua primeira empresa aos 14 anos de idade.

Rôny Meisler é um engenheiro de produção que largou o emprego pra vender bermudas, lá em 2004. Hoje, a varejista de moda Reserva tem mais de 90 lojas espalhadas pelo país e deve fechar 2019 com um faturamento de 400 milhões de reais. Rôny hoje tem sócios como o apresentador Luciano Huck e o fundo de investimentos Dynamo.

Quando José Galló entrou na Lojas Renner, em 1991, a varejista tinha apenas oito lojas, valia menos de R$ 1 milhão e passava por sérias dificuldades financeiras. 28 anos e muito trabalho depois, a Renner tem hoje mais de 550 lojas que vale cerca de R$ 38 bilhões. Em abril deste ano Galló deixou de ser presidente e assumiu a presidência do conselho de administração. Essa foi a primeira entrevista que o executivo concedeu desde essa importante mudança.

Cristiane Correa é autora de livros sobre os maiores empresas do país (como Sonho Grande, que conta a história de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira). Nesse episódio ela discute as principais características dos empresários brasileiros que construíram as principais empresas do país.